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Mitos e Verdades Sobre a Dieta do Dr Robert Atkins

Achei interessante essa reportagem, pq mt gente se impolga com o resultado rápido que a dieta trás sem pensar nas consequências futuras disso, portanto é só ler com atenção e juntar o útil ao agradável !!!!!!



A sedutora equação que enfeita o nosso rodapé resume a famosa dieta protéica do cardiologista americano Robert Atkins. Nos anos 70, ela deu o que falar e, agora, está de novo na boca do povo. Mas será que comer só proteína e gordura com zero carboidrato é seguro? Será que emagrece? O assunto continua polêmico. Se você ficou interessada em queimar os quilos a mais desse jeitinho, muita calma nessa hora — veja antes o que dizem os médicos

por Jurema Aprile fotos Alfredo Franco


A história começou 30 anos atrás, quando o médico americano Robert Atkins resolveu pesquisar uma solução para melhorar as condições de saúde de seus pacientes. Gorduchos, eles ostentavam altas taxas de colesterol e triglicérides, as tais gorduras do mal produzidas pelo organismo e que representam o risco de doenças como enfarte e derrame. Daí surgiu a famosa dieta das proteínas, que se revelou um sucesso, enxugando as temidas gorduras do sangue e a silhueta dos obesos.
Entenda como tudo funciona
A idéia de Atkins foi baixar a produção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, que tem poder anabolizante, isto é, entre outras coisas, dá fome. Como baixar a insulina? Cortando carboidratos (pão, massas, batata, frutas, vegetais) da dieta, pois é esse nutriente que estimula a produção do hormônio. O médico montou então um cardápio em que mais da metade das calorias (57%) vem da gordura de carnes, ovos, óleos, laticínios, margarina e maionese. Menos carboidrato, menos insulina, menos fome, mais fácil emagrecer. E tem mais: esse corte radical leva à queima mais intensa de gorduras, já que uma das tarefas da insulina no corpo é economizar gordura para manter em alta as reservas de energia. Surpreendido pela falta de massas, pães, doces — alimentos de onde tira seu combustível básico, a glicose —, o metabolismo tem de buscar outra fonte de energia. Adivinha qual? A gordura! Parte dela é absorvida, parte é queimada e um montão simplesmente eliminado. Resultado: emagrecimento recorde.

Ficou tentada? Pudera, parece ótimo mesmo. Mas muitos médicos questionam esse jeito de emagrecer.
O que dizem os estudos
Embora tenha surgido em 1973, só agora o método de Atkins foi submetido à avaliação científica e os resultados publicados na revista britânica New England Journal of Medicine. Por isso, todo esse disse-que-disse. Ficou provado que a dieta emagrece mesmo, e bastante, a curto prazo: 5 quilos em 15 dias. Por conta da perda de peso, ela também reduz os triglicérides, mas parece que esse benefício só acontece com os obesos. “O que de fato ajuda a baixar as gorduras no sangue é o emagrecimento, não o tipo de cardápio”, diz Valéria Guimarães, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem).

Por outro lado, os cientistas descobriram que, na hora de manter o peso perdido, a dieta é um fracasso. E sabe por quê? Ninguém suporta comer bacon, maionese, creme de leite, carnes gordas, queijos amarelos e nada de massa para sempre. Quando se volta à alimentação normal, voltam os quilos extras. 

Essa constatação veio se somar aos argumentos dos especialistas que votam contra Atkins. Eles consideram os estudos insuficientes para legitimar uma dieta tão radical. O endocrinologista Walmir Coutinho, coordenador do Consenso Latino-Americano de Obesidade, lembra que a Organização Mundial da Saúde faz sérias restrições a ingerir gordura e proteína em excesso. A recomendação mais recente é limitá-las a entre 20 e 30% das calorias diárias. “Comer muita gordura faz mal e, quanto maior a porcentagem desse nutriente na dieta, maior o risco de obesidade”, diz a metabologista Fernanda D’Elia, do Hospital das Clínicas de São Paulo. “O caminho ideal para a perda e o controle de peso é um programa intensivo de reeducação alimentar que beneficie a saúde do paciente como um todo”, afirma Walmir Coutinho.
Que fique bem claro
Tirar todos os carboidratos, não pode, mas desprezar alguns, como doces, arroz branco e farinhas refinadas, faz bem. “Esse tipo de carboidrato cria um ciclo vicioso. Como se transformam instantaneamente em açúcar circulante, fazem subir a taxa de insulina rapidamente, acionando o gatilho da fome”, justifica Fernanda.
Decepção a longo prazo
Quem não aposta no método de Atkins argumenta que ele só dá resultados porque há uma redução de calorias — cerca de 1 200 por dia. Privado da glicose (açúcar) dos carboidratos, o organismo vai buscar em outros nutrientes a energia de que precisa e ataca músculos e gordura para sobreviver. O principal prejuízo desse mecanismo é que se perde massa muscular — isso causa flacidez e torna a manutenção do peso muito mais difícil, pois a musculatura estimula a queima de calorias.

Os opositores alegam ainda que muito do que se perde com esse cardápio hiperprotéico é água, e água a gente recupera fácil. Entenda: cortar os carboidratos ajuda a desinchar, ainda por conta de insulina (olha ela de novo!), responsável pela retenção de sódio e líquido, ou seja, pelo inchaço. Além disso, por ingerir muita proteína, junto com a água lá se vão na urina sais minerais, co- mo cálcio e potássio. Daí vem o risco de cãibras, pela carência desses minerais, e enfraquecimento dos ossos, por carência de cálcio.

O cardápio de Atkins é pobre em vitaminas, minerais e fibras porque faltam frutas e verduras. A médio e longo prazo, o organismo pode ficar desnutrido e mais vulnerável a doenças. O perigo para as artérias persiste, já que mais da metade das calorias de uma refeição típica da dieta é gordura saturada (de origem animal), que se transforma em colesterol e entope as artérias. E mais: comer proteínas demais pode sobrecarregar os rins.
O caminho seguro
É muito mais saudável comer de tudo um pouco, controlando a dose de gordura, sem eliminar grupos inteiros de alimentos”, diz Valéria Guimarães. Por isso, montamos uma versão saudável desse método, em que privilegiamos as proteínas do bem, desprezamos medidas radicais, aproveitando o que o doutor descobriu de bom. “De fato, aumentar a quantidade de proteínas dá mais saciedade e ajuda a perder peso desde que se limite a quantidade de gordura”, diz Fernanda D’Elia.
zona de perigo
• Pode provocar mau hálito, dor de cabeça, falta de disposição e náuseas porque a falta de carboidratos desidrata o organismo e aciona um mecanismo para economizar energia como se estivesse num jejum prolongado.
• Junto com a gordura, perde-se massa magra (musculatura e osso), o que não ocorre numa dieta balanceada.
• Quem se exercita pode sentir fadiga muscular.
• A dieta é difícil de ser seguida a médio e longo prazo pela restrição de carboidratos. isso é bom
• A ingestão de mais proteínas e gorduras reduz o apetite e garante rápida perda de peso, por um período curto. Pode funcionar como um impulso inicial.
• Alimentos que costumam ser proibidos em outras dietas ficam liberados, o que anima quem precisa começar a emagrecer.
• Atkins recomenda que se faça muito exercício.
• Quando o excesso de peso afeta a saúde (obesos, diabéticos, cardíacos), uma dieta radical pode valer a pena por um período curto.
A nossa versão (saudável) da dieta das proteínas

Esta você pode fazer. A metabologista Fernanda D’Elia e a nutricionista Denise Shirch, de São Paulo, montaram um cardápio, com 1 200 calorias, à base de proteínas magras, pouca gordura e carboidratos complexos, os que não aumentam rápido a insulina. Não troque as refeições de um dia para o outro. Beba pelo menos 2 litros (dez copos) de água por dia. O emagrecimento depende daquilo tudo que você já sabe: idade, altura, quantos quilos quer perder, atividade física etc. Em média, queimam-se 4 quilos em três semanas. A grande vantagem: você pode e consegue manter a dieta por mais tempo, até atingir sua meta. Na manutenção, valem adaptações: trocar um dos lanches por 1 barra de cereais ou 1 fatia de pão integral com requeijão light, incluir 2 colheres (sopa) de arroz integral e 6 de feijão ou 1 xícara de macarrão ao sugo no almoço. Dê preferência a carboidratos complexos, como macarrão, arroz integral, cereais, grãos, pães integrais e frutas


Fonte: Site Boa Forma

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