Achei interessante essa reportagem, pq mt gente se impolga com o resultado rápido que a dieta trás sem pensar nas consequências futuras disso, portanto é só ler com atenção e juntar o útil ao agradável !!!!!!
A sedutora equação que enfeita o nosso rodapé resume a famosa dieta protéica do cardiologista americano Robert Atkins. Nos anos 70, ela deu o que falar e, agora, está de novo na boca do povo. Mas será que comer só proteína e gordura com zero carboidrato é seguro? Será que emagrece? O assunto continua polêmico. Se você ficou interessada em queimar os quilos a mais desse jeitinho, muita calma nessa hora — veja antes o que dizem os médicos
por Jurema Aprile fotos Alfredo Franco
Ficou tentada? Pudera, parece ótimo mesmo. Mas muitos médicos questionam esse jeito de emagrecer.
Por outro lado, os cientistas descobriram que, na hora de manter o peso perdido, a dieta é um fracasso. E sabe por quê? Ninguém suporta comer bacon, maionese, creme de leite, carnes gordas, queijos amarelos e nada de massa para sempre. Quando se volta à alimentação normal, voltam os quilos extras.
Essa constatação veio se somar aos argumentos dos especialistas que votam contra Atkins. Eles consideram os estudos insuficientes para legitimar uma dieta tão radical. O endocrinologista Walmir Coutinho, coordenador do Consenso Latino-Americano de Obesidade, lembra que a Organização Mundial da Saúde faz sérias restrições a ingerir gordura e proteína em excesso. A recomendação mais recente é limitá-las a entre 20 e 30% das calorias diárias. “Comer muita gordura faz mal e, quanto maior a porcentagem desse nutriente na dieta, maior o risco de obesidade”, diz a metabologista Fernanda D’Elia, do Hospital das Clínicas de São Paulo. “O caminho ideal para a perda e o controle de peso é um programa intensivo de reeducação alimentar que beneficie a saúde do paciente como um todo”, afirma Walmir Coutinho.
Os opositores alegam ainda que muito do que se perde com esse cardápio hiperprotéico é água, e água a gente recupera fácil. Entenda: cortar os carboidratos ajuda a desinchar, ainda por conta de insulina (olha ela de novo!), responsável pela retenção de sódio e líquido, ou seja, pelo inchaço. Além disso, por ingerir muita proteína, junto com a água lá se vão na urina sais minerais, co- mo cálcio e potássio. Daí vem o risco de cãibras, pela carência desses minerais, e enfraquecimento dos ossos, por carência de cálcio.
O cardápio de Atkins é pobre em vitaminas, minerais e fibras porque faltam frutas e verduras. A médio e longo prazo, o organismo pode ficar desnutrido e mais vulnerável a doenças. O perigo para as artérias persiste, já que mais da metade das calorias de uma refeição típica da dieta é gordura saturada (de origem animal), que se transforma em colesterol e entope as artérias. E mais: comer proteínas demais pode sobrecarregar os rins.
• Junto com a gordura, perde-se massa magra (musculatura e osso), o que não ocorre numa dieta balanceada.
• Quem se exercita pode sentir fadiga muscular.
• A dieta é difícil de ser seguida a médio e longo prazo pela restrição de carboidratos. isso é bom
• A ingestão de mais proteínas e gorduras reduz o apetite e garante rápida perda de peso, por um período curto. Pode funcionar como um impulso inicial.
• Alimentos que costumam ser proibidos em outras dietas ficam liberados, o que anima quem precisa começar a emagrecer.
• Atkins recomenda que se faça muito exercício.
• Quando o excesso de peso afeta a saúde (obesos, diabéticos, cardíacos), uma dieta radical pode valer a pena por um período curto.
Esta você pode fazer. A metabologista Fernanda D’Elia e a nutricionista Denise Shirch, de São Paulo, montaram um cardápio, com 1 200 calorias, à base de proteínas magras, pouca gordura e carboidratos complexos, os que não aumentam rápido a insulina. Não troque as refeições de um dia para o outro. Beba pelo menos 2 litros (dez copos) de água por dia. O emagrecimento depende daquilo tudo que você já sabe: idade, altura, quantos quilos quer perder, atividade física etc. Em média, queimam-se 4 quilos em três semanas. A grande vantagem: você pode e consegue manter a dieta por mais tempo, até atingir sua meta. Na manutenção, valem adaptações: trocar um dos lanches por 1 barra de cereais ou 1 fatia de pão integral com requeijão light, incluir 2 colheres (sopa) de arroz integral e 6 de feijão ou 1 xícara de macarrão ao sugo no almoço. Dê preferência a carboidratos complexos, como macarrão, arroz integral, cereais, grãos, pães integrais e frutas.
Fonte: Site Boa Forma
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